O bebê estava em situação de alagamento e após o resgate, foi encaminhado ao hospital do município.
Por Renato Menezes – (Estagiário/Ascom CBMAC)

Delicado. Esta foi a palavra dita pelo cabo Leandro Simões, do 7º BEPCIF do município de Tarauacá, para descrever a situação envolvendo o resgate de uma criança de 4 meses com suspeita de dengue em um local alagado. O bombeiro militar, que concedeu uma entrevista para o programa Estudio i, da Globo News, explicou também sobre a situação de Covid-19, dengue e enchentes que o estado enfrenta.
Durante o bate-papo, o cabo contou que a criança, que morava em área de difícil acesso, estava com cerca de 37º de febre e com suspeita de dengue. Com o resgate, a equipe conseguiu prestar os primeiros socorros ao bebê e, logo após, levaram ao hospital geral do município para os devidos procedimentos médicos.

Após ser indagado pela jornalista Maria Beltrão sobre qual seria a maior dificuldade para o Corpo de Bombeiros atuar em momentos tão delicados como os que o Acre está passando, o militar fala que a distância sempre é um grande empecilho nos resgates, visto a quantidade de vielas que o município possui.
“A maior dificuldade é o percurso, a distância. Boa parte do município fica em difícil acesso por conta das cheias […] e colocar uma família e um bebê dentro de um barco é uma responsabilidade muito grande, pois tem locais onde o rio fica com correnteza. Se você errar (durante o resgate), pode estar colocando a vida da família, do bebê e a do bombeiro militar em risco também”, pontuou.
ROTINA INTENSA DE TRABALHO
Na oportunidade, o cabo contou também que é difícil falar da situação em que o estado se encontra, visto que muitas famílias estão enfrentando momentos muito complicados. No entanto, enfatizou que o Corpo de Bombeiros vem tentando ajudar e dar o melhor para a população, tendo, inclusive, que se abdicar momentaneamente de casa e da família para servir o próximo.
“Os militares passam grande parte do tempo no quartel não somente atendendo as demandas que chegam, mas fazendo um trabalho que nós chamamos de ‘trabalho de campo’, que é atender à solicitação daquela família em difícil acesso”, contou.
